Opinião no Expresso
O apoio do Governo a Costa não é patriotismo, é parolice. Na melhor hipótese.
Pedro Gomes Sanches
Pensar em Costa em tão altos voos tão amplamente apadrinhados é oportunidade para recordar Garrett: “Foge cão, que te fazem barão! Mas para onde, se me fazem visconde?” Mas, enfim, talvez haja esperança, e isto, para consumo interno, se explique pela melhor hipótese: é só parolice; na pior, é uma inqualificável falta de memória.
Vale por isso a pena recordar quem é o homem que agora quase todos querem a liderar o Conselho Europeu. António Costa foi o homem que escaqueirou um consenso de décadas, essencial, que reinava na política portuguesa: manter os extremistas amantes de ditaduras fora do arco da governação. E, a reboque, destruiu também a ordem da moderação. Não só o fez, como gabou-se disso. Com isto, em 2015, Costa não violou só uma tradição democrática portuguesa, violou duas: apoiou-se na extrema-esquerda (uma), para governar tendo perdido as eleições (duas).
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Há um jantar a começar em Bruxelas que vai negociar cargos e personalidades que poderão ocupá-los.********
Caminho de Costa para o Conselho Europeu passou a ser uma corrida de obstáculosEra suposto ser um processo rápido e simples, mas a nomeação do ex primeiro-ministro, António Costa, para a presidência do Conselho Europeu, acabou por complicar-se antes do início do jantar informal dos chefes de Estado e governo da União Europeia, esta segunda-feira em Bruxelas, com alguns dos membros do Partido Popular Europeu, com o líder polaco, Donald Tusk, à cabeça, a levantarem reservas sobre a escolha do português para o cargo – e a porem em dúvida o seu apoio ao socialista.
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