País envelhecido (Portugal), com todas as complicações que daí advêm, tanto economicistas como sociais. Há o problema da sustentabilidade da segurança social (quem nos vai pagar a reforma?), o abandono dos mais velhos, que acabam a sofrer de solidão (que mata mais do que cigarros, já se sabe), assim como a perda de qualidade de vida que se vai adensando à medida que os anos passam, com sobrecarga evidente para um sistema nacional de saúde já por si a rebentar pelas costuras.
Há um estudo que nos situa como o país da União Europeia com a maior proporção de famílias só com um filho.
Tudo isto me assusta, confesso. Mesmo percebendo que é difícil trazer mais do que uma criança ao mundo, quando oiço falar em filhos únicos, além de pensar na infelicidade de quem não tem irmãos, vem-me logo à cabeça a política desenvolvida pela República Popular da China, desde os anos 1970 até 2016 (ainda que saiba que as realidades não podem ser comparadas).
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Atualmente, existem cerca de 90 milhões de filhos únicos na China, que passaram a ser apelidados de pequenos imperadores. Quarenta anos depois, o país passou a debater-se com os problemas do envelhecimento.
Luísa Oliveira
Visão do Dia - 11 Jul
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