Recorte de Imprensa
EXPRESSO
Durante tempo demais, Pedro Nuno Santos alimentou a ilusão que o poder estava ali, de novo, ao virar da esquina.
E que o Governo da AD seria um brevíssimo interregno no poder socialista. Não vai ser assim. E é aí que o isolamento começa. Quanto maior for a distância do poder mais riscos corre o líder da oposição. Mais descontentes o abandonam.
Mais conspiradores preparam a sua queda. Outros tantos negoceiam a sucessão.
As amizades desaparecem.
A divisão instala-se. Ascenso Simões descreve-a, de forma cristalina, no "Público" do dia 5 de novembro: "O que está a acontecer no PS é que uma minoria muito reduzida e intemperada está a limitar todos os que não pensam como ela."
As "guerras" só agora começaram.
O exército dos descontentes vai aumentar. Com os que perderam os lugares. Com os que querem lugares. Com os milhares de órfãos da partidocracia.
Com as benesses, empregos e outras regalias que Pedro Nuno Santos não pode garantir, nem conceder.
É por isso que um líder só está a salvo quando está no poder. António José Seguro, agora regressado à vida política, é um bom exemplo dos perigos que corre um líder do PS na oposição. Nem a vitória o salvou. O PSD é outro cemitério de lideranças fracassadas.
As máquinas partidárias não aceitam perdedores. Nem dos que ganham por "poucochinho", como aconteceu com Seguro. Já foi dito e é verdade: liderar a oposição é um dos empregos mais perigosos que há. É o verdadeiro shark tank da política.
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