23 de novembro de 2024

Bullying

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Como se comporta quem assiste à violência?

Mas para se tratar este fenómeno grupal, devemos perceber que nem todas as vítimas de bullying e cyberbullying são vistas e amparadas da mesma maneira pelos pares e sociedade.

A mão que se estende para levantar alguém do chão ou as palavras de apoio nas redes sociais não chegam a todas as vítimas.

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Os mais novos revelam-se menos empáticos e menos disponíveis para ajudar, integrar e apoiar vítimas de ciberbullying homofóbico e transfóbico, do que vítimas negras alvo de bullying racista.

O receio de contágio social:

Ou seja, as crianças e jovens LGBTQIA+ somam duas violências. A agressão e perseguição dos pares e as costas viradas dos ‘bystanders’, ou pessoas observadoras, que tantas vezes são colegas que nada fazem para ajudar.

E porquê? Por preconceito. E por medo de serem vistos e vistas como iguais ou parte da comunidade discriminada. E numa idade em que é muito importante fazer parte do grupo, muitos serão os jovens que não se querem associar aos mais estigmatizados e menos populares. O que é normal.

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"É menos socialmente aceitável ajudar uma pessoa LGBTQIA+ do que uma pessoa negra. Por receio de contágio social. Ou seja, quanto maior o receio de contágio social, menores são as intenções de ajuda às vítimas de bullying homofóbico.

Porque nenhum jovem branco teme ser identificado como negro se ajudar uma pessoa racializada, enquanto que ao ajudar uma pessoa LGBTQIA+, ainda à luz de uma sociedade homofóbica ou transfóbica, julga correr o risco de ser identificado erradamente como parte dessa comunidade, por associação. Isto acontece sobretudo entre jovens adolescentes.”

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Bernardo Mendonça 

Expresso 

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