***
No século XX, os jornais abalavam regimes e decidiam estratégias e geoestratégias, conferindo ao jornalismo poderes supremos que tentava usar em nome do bem comum. O caso emblemático foi o Watergate, que determinou a morte política e social de Richard Nixon, considerado “a crook”, um escroque. Pecado mortal.
No século XXI, a situação mudou. Radicalmente. A crook, um escroque, pode hoje ser eleito e manter-se no poder contra tudo e contra todos, contra a opinião jornalística dominante nos círculos liberais, também eles em crise existencial e deslizando para a irrelevância. O exercício e manutenção do poder político continua a ter a ver com resultados, mas os resultados, ou a opinião sobre os resultados, pode ser infinitamente manipulada.
***
Sem comentários:
Enviar um comentário