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Entretanto, as discussões mediadas pelos americanos para um cessar-fogo parecem-se cada vez menos com negociações de paz e mais com um processo de normalização das relações EUA-Rússia, com a Ucrânia a ser encarada como o prato de entrada no menu.
Na melhor das hipóteses, Washington é um ator neutro na guerra aberta entre a Rússia e a Ucrânia, entre o agressor e a vítima, e na guerra híbrida do Kremlin contra a Europa livre. Na pior, está alinhado com Moscovo.
Um dos sinais mais preocupantes de que esta última hipótese pode realmente ser a mais forte é o suposto acordo de cessar-fogo negociado entre a Rússia e os EUA - o Kremlin diz que aceita interromper as hostilidades no mar Negro a troco do levantamento de sanções económicas. Os EUA têm estado em silêncio em relação a esse “pormenor”. Será possível que Washington prometeu coagir a Europa a acabar com as sanções a Moscovo?
Talvez venhamos a ter respostas definitivas em breve. Pode ser que os altos oficiais da Casa Branca convidem outro jornalista para um grupo do Signal ou do WhatsApp sobre a Ucrânia.
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