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Para Bluth, o que Vladimir Putin procurou, com esta guerra, foi “o reconhecimento formal de uma esfera de influência russa, a inversão dos compromissos de segurança ocidentais na Europa de Leste e a restauração de um papel global comparável ao que era anteriormente ocupado pela União Soviética”. Longe de ser um apelo neutro ao diálogo, a linguagem das “causas profundas” é “uma tentativa estratégica de legitimar um projeto revisionista, desfazendo o acordo de 1991 e reformulando a Rússia como um centro indispensável de poder mundial”, explica Christoph Bluth. “A Rússia pode contentar-se temporariamente com um acordo de paz se conseguir a Crimeia, Luhansk e Donetsk. Mas isso não vai acabar.”
Christoph Bluth, analista britânico de Relações Internacionais e Defesa da Universidade de Bradford
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