HABITAÇÃO: APOIOS, SIM, MAS DEVAGAR
A ministra Mariana Vieira da Silva veio ontem justificar a mudança de regras ( tudo aqui explicado, pela DECO Proteste), a meio do jogo, para a atribuição de apoios aos encargos de famílias necessitadas com a Habitação, defendendo ser normal que, durante o processo, sejam “fixados critérios”. Um eufemismo inaceitável: com o despacho que estabelece regras novas, os critérios não estão a ser fixados: estão a ser alterados. No projeto inicial, o Governo esperava investir 240 milhões de euros nos apoios às rendas, que variavam entre os 90 e os 200 euros. Ora, como o jornal online Dinheiro Vivo demonstrou, algumas famílias que tinham direito aos tais 200 euros passam agora a receber 44 euros. E muitas deixam de receber, de todo. O Governo tinha feito mal as contas e os apoios iriam custar não 240 milhões, mas mil milhões de euros, se os rendimentos tributados fossem o critério (como foi, inicialmente). A partir de agora, não: a partir de agora, o que conta é o rendimento bruto – o que inclui, por exemplo, pensões de alimentos prestadas por pais divorciados. Aguarda-se que o primeiro-ministro venha dar a cara pela revisão da medida...
Fonte: Visão do Dia
Filipe Luis
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