Quando eu era criança, quando eu muito pedia minha mãe fazia salada de frutas.
Lá no quintal de casa, havia dois tipos de frutas…banana prata e banana Nanica.
A mamãe cortava dentro de uma vasilha de plástico pedaços diferentes de banana prata, os menores ela chamava de Morangos, os médios que ela chamava de Pêssegos e os maiores que ela chamava de Manga.
Os pedaços maiores de Banana Nanica ela chamava de banana Prata, e os menores pedaços de Banana Nanica, ela chamava de Banana Nanica, mesmo.
Era a minha salada de frutas predileta, quando ela lagrimava feliz por eu estar feliz…e suas lágrimas se misturavam a salada, eu mesmo que não visse, adivinhava pelo sabor que elas davam a deliciosa sobremesa.
Até que um dia eu plantei uma noite em nosso quintal…essa noite foi adubada pelos meus desejos, e ela deixou crescer muitas espécies de frutas, a melancia, o melão, o figo, a ameixa, e eu conheci a minha predileta a maçã…
Depois já não precisava que a minha mãe cortasse as duas espécies de bananas em pedaços diferentes para simular frutas, eu mesmo cortava as bananas, e as cobria com um pano e elas mesmo se transformavam nessas frutas que existiam na noite que eu havia plantado no quintal.
Em Memória de Cybelle Gomes Ferreira. À sua criatividade de tentar enriquecer nossa tão humilde refeição de todos aqueles dias, em um passado brasileiro não muito longe.
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