10 de abril de 2024

Silêncio, Nostalgia… (poema)

 






Silêncio, nostalgia…

Hora morta, desfolhada,

sem dor, sem alegria,

pelo tempo abandonada.


Luz de Outono, fria, fria…

Hora inútil e sombria

de abandono.

Não sei se é tédio, sono,

silêncio ou nostalgia.


Interminável dia

de indizíveis cansaços,

de funda melancolia.

Sem rumo para os meus passos,

para que servem meus braços,

nesta hora fria, fria?


FERNANDA DE CASTRO

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