Foi uma personagem fascinante, num certo radicalismo de direita cosmopolita, mas capaz de fazer amizades na esquerda. Foi do deputado comunista João Amaral, na Assembleia da República, o elogio fúnebre, e do PCP um voto de pesar pela sua morte, com um texto tocante que este livro recupera. Lucas Pires talvez fosse o primeiro dos nossos liberais, no sentido da organização económica, e era certamente um visionário e um inovador, que deixou obra perdurável como ministro da Cultura, tendo sido o primeiro a propor algo ainda nunca alcançado, ou seja, 1% do Orçamento para o setor. Em 1982 tinha frases com esta atualidade: "A inteligência artificial há estar ao serviço da inteligência humana". Ou: "É preciso uma revolução informática em Portugal". Um livro que é também um excerto da História do Portugal contemporâneo.
Filipe Luís
VISÃO DO DIA
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