“Ele é um abutre.” Esta frase curtíssima da designer de jóias e socialite Betty Grafstein sobre o seu marido, o marchand de arte José Castelo Branco, é cirúrgica e mortal.
E é bem mais profunda e longa do que parece. Porque vai fundo à carne, às vísceras e ao osso de uma relação alegadamente abusiva, mas maquilhada e retratada publicamente como um amor invulgar, incondicional e protetor.
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Esta é uma pandemia que está no meio de nós. E somos todos responsáveis por travá-la, preveni-la, controlá-la. Mas só quando as histórias vêm a público, aparece ‘o cão, o gato e o periquito’ a dizer que afinal ‘sim, senhor’ sabiam, mas que era uma coisa lá do casal. Mas não, é uma coisa de todos nós. E ficarmos em silêncio é sermos cúmplices.
Bernardo Mendonça
Expresso
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