8 de março de 2025

Desencanto

RECORTE DE IMPRENSA 




















Quando fui professora, tive péssimas turmas. Calhou-me de tudo. A algumas não consegui dar a volta, porque toda a tentativa de diálogo era boicotada. Não estavam ali para aprender, não tinham uma ideia de futuro e não sabiam para que servia uma escola nem quais as regras. Desrespeitavam o sistema grosseiramente. Quando ia dar aulas àquelas turmas, sentia-me dentro do filme “Laranja Mecânica”, de Kubrick. Foram anos mauzitos. Os alunos eram tão miseravelmente insolentes e malformados que os observava e me interrogava sobre que futuro lhes estaria guardado.

Nunca mais soube deles, mas finalmente percebi onde foram parar. Devem fazer parte da bancada de uma coletividade de extrema-direita que conseguiu inúmeros lugares parlamentares nas últimas eleições. Não lhes concedo nome. Não têm direito a ele, como alforrecas. Chamo-lhes grosseirões insolentes, e assim ficará.

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