Como um rio correm os dias e este espaço é uma margem onde deito pedrinhas à água.
No Observador
Afinal era mesmo preciso uma cerca
sanitária, só que o
risco da contaminação não estava
onde os seus proponentes diziam
que estava. Abençoadas “linhas
vermelhas”. Abençoado “não é não”.
Escreveu José Vilhena, no seu Dicionário
Cómico, que “em política começa-se
como incendiário e acaba-se como
bombeiro”. E como em todos os incêndios,
alguém tem que
servir de eucaliptal.
Vejo com a imaginação uma das mulheres
do comboio chegar a casa ao meio-dia,
o corpo dorido, cheia de sono.
A casa é fria e húmida, a comida
é pouca. Vive-se tristemente neste
país de botões de punho.
André Ventura e o Chega inauguraram
o novo período eleitoral, afixando,
em grandes outdoors, um cartaz
que é velhaco e é um vómito. Não
é só exagerado. Nem é só radical.
Ultrapassa o admissível.
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