11 de março de 2025

Recorte de Imprensa

caso de Luís Montenegro é algo que podemos considerar indesculpável para um membro experiente da classe política portuguesa”. A frase é do politólogo António Costa Pinto, e está cheia de razão e de bom senso. É de facto indesculpável. Se quisermos juntar algum adjetivo, podemos tentar misterioso, ou irresponsável, ou suicida. Ninguém podia pensar que uma empresa com os contornos da Spinumviva podia ser ‘escondida’, ou não mencionada, em declarações de rendimentos e de património. Não há quem tenha pretensões políticas que possa ter uma empresa na sua casa, com o seu número de telefone. Nenhum aprendiz de político licenciado em Direito espera afastar suspeitas ao passar uma empresa para o nome da mulher com quem é casado no regime de comunhão de adquiridos.

O caso não é, por ora, do domínio da legalidade, mas da ética e do bom-senso. E, na verdade, a ética não é uma questão de estar ou não na lei; porque se a lei é igual para todos, a responsabilidade ética não o é.

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