7 de agosto de 2025

Pássaro

 














Pássaro


Aquilo que ontem cantava

já não canta.

Morreu de uma flor na boca:

não do espinho na garganta.


Ele amava a água sem sede,

e, em verdade,

tendo asas, fitava o tempo,

livre de necessidade.

***

Cecília Meireles 

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