Pássaro
Aquilo que ontem cantava
já não canta.
Morreu de uma flor na boca:
não do espinho na garganta.
Ele amava a água sem sede,
e, em verdade,
tendo asas, fitava o tempo,
livre de necessidade.
***
Cecília Meireles
Como um rio correm os dias e este espaço é uma margem onde deito pedrinhas à água.
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