25 de fevereiro de 2009

Imagens




Imagens do meu Carnaval.
Claro que também vi mascarados - miúdos e graúdos.
Tentei mascarar-me de boa pessoa, ando a tentar há muito.
Às vezes chego a pensar que o sou!

12 de fevereiro de 2009

Citando

Entre os escombros
...
Às vezes, e esse às vezes deve ter a ver com a idade como com um penchant para a nostalgia e para o fatalismo, olhamos para os nossos objectos com uma presciência estranha: hão-de sobreviver-nos, hão-de ser para outros a talvez incómoda, talvez demasiado espaçosa memória de nós, hão-de ser avaliados e distribuídos como avaliámos e distribuímos a memória de outros. Alguém escolherá entre as nossas coisas o que vale a pena guardar e o que é lixo, alguém decidirá por nós. É como uma estranha forma de sobrevida, talvez a única disponível: uma fotografia antiga, um móvel na casa de um neto, uma carteira de lagarto na mão de uma sobrinha, cartas de amor numa gaveta.

Fernanda Câncio
in Notícias Magazine (01/02/09)

2 de fevereiro de 2009

Tarde de domingo

Que fazer numa tarde de domingo cinzenta?
Ontem deu-me para um peculiar encontro: com ALEXANDRE O'NEILL, no Parque dos Poetas, em Oeiras. Por ali estivemos em conversa muda e, depois de nos despedirmos, vim pensando naquele título dele, As andorinhas não têm restaurante. A maioria dos homens também não!

20 de janeiro de 2009

Lugares dos meus passos















Lugares onde se me prende/perde o olhar.

13 de janeiro de 2009

Um livro e um espaço


Mais um pouco de companhia e conversa.
É o que tenho programado para os próximos três ou quatro dias.
Com isto, nada me falta.

9 de janeiro de 2009

Raízes



Fui no começo do ano dar uma volta pelo meu Algarve.
Porque são as que ficam connosco até ao fim, as raízes que cresceram em nós desde que temos memória.

8 de janeiro de 2009

Money, money...


Se há duas coisas em Portugal de que todos (acredito mesmo no todos) desconfiamos é da corrupção instalada em muitas autarquias e dos misteriosos financiamentos aos partidos políticos que sempre vão rendendo, rendendo...
Parece que, para esse peditório, há sempre quem vá dando.
Em 2009, ano de eleições várias, por mera coincidência, propõe-se que os concursos públicos vão ser dispensados para obras até 5 milhões de euros. Ajuste directo, para gastar dinheiro dos contribuintes.
E o rigor?
E a transparência?
Quem beneficia com isso?
Em boa teoria, amigos todos temos...

5 de janeiro de 2009

Urgência de pontes


É urgente lançar pontes de entendimento entre os homens.
Porque todas as guerras são injustas, todos os holocaustos são crime, seja qual fôr o lugar onde acontecem, seja qual fôr o tom de pele das vítimas.

31 de dezembro de 2008

2009

Parto para 2009 tão pouco convicta de que possa ser bom!
Ao meu redor vejo tanta gente só, pobre, desencorajada. Injustiçada.
E vejo outros na abundância e na indiferença pelos que pouco ou nada têm.
De várias partes do mundo nos chegam notícias de guerra, mortes, devastações.
De todo o lado o clamor de que fomos enganados por um sistema que se acreditava auto-regulável e não era. Não houve mão invisível senão a do homem com a sua ganância.
Só na medida em que cada um de nós possa contribuir, na sua pequena ou grande medida, para alterar este estado de coisas, deixo votos de bom 2009.

19 de dezembro de 2008

Que brilhe



Que brilhe uma estrelinha bonita para cada pessoa.
Que a esperança em mais justiça, mais paz e mais amor não morra nos corações.
Que saibamos dar valor a tudo o que de bom temos nas nossas vidas.
Que saibamos lutar por tudo o que não temos e nos parece razoável alcançar.
São os meus votos para este tempo de Natal que vivemos.

12 de dezembro de 2008

Entre pedras




Entre pedras brilha o sol, entre pedras há caminhos.

4 de dezembro de 2008

Um frio

Li há dias, no mais recente livro de Luis Sepúlveda, A lâmpada de Aladino, algo parecido com isto, porque cito de memória:
Os amigos morrem-nos. Não morrem simplesmente, morrem-nos. E deixam-nos um frio, um vazio entre os ossos. Por isso morremos um pouco com eles.
Não me perguntem a razão, mas martela-me a frase no cérebro; há um eco de "um frio", "um frio"...
Talvez porque na vida, a todos que já viveram o bastante, sempre alguém deixou um frio nos ossos. Ganhamos e perdemos afectos. Os que ganhamos nunca são de mais, os que perdemos nunca são substituídos.

28 de novembro de 2008

Em destaque


A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. Ao que, este mundo é muito misturado…

19 de novembro de 2008

Haja Juízo!


O desemprego de longa duração a aumentar por causa da generosidade do subsídio. E logo, de onde vem esta ideia peregrina? - do Banco de Portugal.
Haja juízo ou, melhor ainda, haja vergonha.
Perdeu-se a noção de quando vale mais manter a boca calada?

18 de novembro de 2008

Acrobacias e Ministra





Se estes pequenotes conseguem fazer estas graças, como não consegue a Sra. Ministra fazer algo mais simples: parar e pensar?
É que tanta teimosia já chateia.
Ou terá ela toda a razão e os outros, milhares deles, são todos tontos?

13 de novembro de 2008

Água da minha sede


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Água da minha sede
Bebo na sua fonte
Sou peixe na sua rede
Pôr -do- sol no seu horizonte
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Zeca Pagodinho

12 de novembro de 2008

A gente pergunta-se


Depois de ouvir o Governador do Banco de Portugal, ontem, fico a pensar o que justifica ter lá aquele senhor.
Ao que se diz, principescamente compensado, pelo que a mim me aparece como laxismo e passividade.
Com propostas de remédios para o futuro - casa roubada, trancas na porta - sem uma explicação plausível para tantas questões que se põem a quem não é perito na matéria.
Será que vem aqui outro caso em que a culpa morre solteira?
Já deve haver por aí quem acredite que, afinal, talvez o crime compense. Nenhum Estado devia permitir que os seus cidadãos pudessem ter tal crença. Brandos costumes, sim senhor, mas tanto assim, não!

7 de novembro de 2008

O tamanho da esperança


Volto aqui quando já há um novo Presidente eleito para a Casa Branca.
E, caramba, que pesada carga leva este homem aos ombros!
Na hora desta eleição, fomos todos um pouco americanos.
Registo: também o vencido, Mc Cain, soube ser grande na derrota.
É desta capacidade de evoluir e mudar que se fazem os grandes momentos da Históra.
Oxalá a esperança se concretize e tenhamos pela frente tempos de maior justiça e melhor entendimento entre os Povos.

22 de outubro de 2008

As bagas e as bolotas



Já aí estão a anunciar que o Inverno e o Natal estão a caminho, a passos largos.
Para mim, que tenho a mania de esticar o Verão, só há uma conclusão a tirar, ou melhor dizendo, a confirmação de algo que já tinha percebido: Tempus fugit !