2 de maio de 2008

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O Primeiro Dia de Maio


E não lembrei mais nada de tão certo e venerável
como este gesto, orgulhoso e ardente.
Dum homem que cuida a terra e as plantas.

Que poderia ser um pedreiro, um empregado qualquer, um escritor.
Poderia ser uma fila de gente sem emprego, com um papel na mão.
Em nome deles e da única força que têm: a do trabalho.
Em nome de todo os Maios em que o primeiro dia é festivo.
Uma camélia invulgar e viva, na mão que a fez nascer.

Autoria: bettips

10 comentários:

sonia disse...

mãos que não deixam dúvida: fizeram muito na vida!!! É comovente a imagem: como uma mão aparentemente tão castigada pelo tempo pode ser tão delicada ao cuidar de uma flor?

Ana disse...

sonia,

A delicadeza vem de dentro, mesmo que o corpo esteja castigado pelos anos ou pela vida.

A doçura está no amor que se põe em cada acto ou gesto.

antónio paiva disse...

...

este teu trabalho de recolha e partilha é, sem dúvida muito meritório.

grato.

....

Dona Betã disse...

As margens são as mesmas?
Ou o curso do rio foi desviado?
Tal como a cor para este tom de amarelo indefinível?

Ana disse...

antónio,

Que é isso?
Meritório é o trabalho de quem cria de raiz, como fazes tu!

:)

Abraço, amigo.

Ana disse...

jg,

São variações em "lá menor".
O rio nasce no mesmo lugar.
Amarelo - cor do sol, apenas.

:)

Anónimo disse...

A Agua é a mesma... porque a fonte é a mesma.
Bjo

Ana disse...

manuel maria,

Sempre a mesma.

Obgda pela visita.

:))

bettips disse...

Tu ousas, eu leio. Quantas vezes? Não sei. Mas lembro; que muita da memória minha é como castigo.
Sempre a elegância de um regato transparente.
Bjinhos

Ana disse...

bettips,

Elegância, bondade e generosidade são apanágios teus. Na delicadeza e na abundância com que te dás aos outros.

Beijo.