O livro é vermelho, forrado a tecido acetinado, tem letras douradas. Parece um volume de outro tempo. Na verdade, é. Acabado de editar pela Marcador, “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, foi escrito no ano 500 a.C. Provavelmente o mais antigo tratado de guerra que se conhece, foi lido por quase todos os teóricos militares posteriores. Influenciou – diz Nigel Cawthorne, na introdução - vários livros importantes nesta área, como “Da Guerra” de Carl von Clausewitz, o “Compêndio da Arte da Guerra”, de Antoine-Henri de Jomini, ou, mais à frente, “A History of Warfare” de Bernard Montgomery, comandante das forças terrestres no Dia D.
Tzu tem frases que hoje, talvez mais do que noutros anos, ressoam como o badalar insistente de um sino a tocar dolorosamente mesmo colado ao tímpano.
“Se o seu oponente tiver um comportamento colérico, procure irritá-lo. Finja fraqueza, para que ele se torne arrogante.”
“Somente aquele que conhecer profundamente as perversidades da guerra poderá compreender inteiramente a forma proveitosa de a prosseguir.”
“Quando cerca um exército, deixe uma saída livre. Não pressione demasiado um inimigo desesperado.”
Luciana Leiderfarb
Jornalista/EXPRESSO
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Uma saída livre porque há-de sempre haver um depois...
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