***
A casa morreu no lugar onde nasci:
a minha infância não tem mais onde dormir.
Mas eis que, de um qualquer pátio,
me chegam silvestres risos de meninos brincando.
Riem e soletram as mesmas folias
com que já fui soberano de castelos e quimeras.
Volto a tocar a parede fria e sinto em mim
o pulso de quem para sempre vive. A morte.
Mia Couto
Sem comentários:
Enviar um comentário