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sustentou Khan, sabendo bem que se arrisca a ser criticado por colocar os dois lados do conflito no mesmo plano.
Numa entrevista concedida a Christiane Amanpour, da CNN, a partir de Haia, o procurador britânico explicitou: “O mundo ficou chocado no 7 de outubro.” E continuou: “Israel tem todo o direito de recuperar os reféns, mas tem de o fazer cumprindo a lei.”
A advogada britânica Amal Clooney, especialista em direitos humanos e Direito Internacional, não só aconselhou o procurador como reviu toda a sua investigação. Nos Estados Unidos da América, também o senador Bernie Sanders fez saber que apoia a posição de Khan: “O procurador do TPI tem razão em tomar estas medidas. Estes mandados de detenção podem ou não ser executados, mas é imperativo que a comunidade global defenda o direito internacional. Sem estes padrões de decência e moralidade, este planeta poderá rapidamente cair na anarquia, em guerras sem fim e na barbárie.”
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Biden e Blinken discordam ...
Já Joe Biden considerou o pedido “ultrajante”. “E deixe-me ser claro: seja o que for que este procurador possa sugerir, não há equivalência – nenhuma – entre Israel e o Hamas. Estaremos sempre ao lado de Israel contra ameaças à sua segurança. O que está a acontecer não é um genocídio”, disse o Presidente americano. Por sua vez, Anthony Blinken – o incansável secretário de Estado norte-americano que, desde outubro de 2023, já esteve 12 vezes na região – também condenou a decisão do gabinete de Khan. “Rejeitamos a equivalência que o procurador faz entre Israel e o Hamas”, declarou Blinken.
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Visão do Dia
Sara Belo Luís
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