19 de julho de 2024

Ecos (poesia)

 António Carlos Cortez 




















Errar todo o discurso de teus anos

É errar de má sorte amor ausente

Erraste todo o discurso de teus anos

e és agora pedra para sempre


e o amor ausente já presente um dia

acabou por ser a rede do destino

A mão sinistra a mão mais fria

tece as malhas do naufrágio (gume fino)


Perguntas com razão o que fazer

Como ter de novo o verão antigo

Onde o casaco quente no Inverno…


Nem o vento te responde 

Resta escrever

os erros que trazes só contigo

na certeza de seres teu próprio inferno

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