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Ninguém. Ninguém é a palavra. Ninguém tem autoridade política em Portugal, ninguém quer eleições, ninguém quer crises políticas, ninguém quer governar e ninguém quer ser oposição. O único que está a fazer um esforço para acompanhar a situação, concentrado nos básicos, nos 4500 euros, nas avenças múltiplas de companhias privadas que a empresa do primeiro-ministro recebeu, recebe e quer continuar a receber, é o do costume. André Ventura. O da moção inicial. O resto da classe política, num processo de liquefação, entretém-se com jogos florais. Moções. Emoções. A ideia, segundo os peritos, é deixar tudo na mesma, ou, como dizia o outro, mudar tudo para que tudo fique na mesma. Uma cortina de fumo “mocional” para esconder a fraqueza e a inoperância.
O que todas estas manobras pretendem, e conseguem, é matar-nos de tédio, tornar a política um espetáculo televisivo e inofensivo de falsas indignações a disfarçar as incompetências.
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