Anne Applebaum
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Nos últimos anos, e por ser conhecedora dos padrões soviéticos, começou a escrever sobre a forma como as forças autocráticas começaram a tirar partido de um mundo cada vez mais interdependente, face ao facilitismo e à complacência dos líderes democráticos, depois da queda do Muro de Berlim. Como recorda em “Autocracia, Inc.”, em 1989, Fukuyama decretou o fim da história; tal como ele, muitos acharam que a democracia liberal chegaria aos pontos mais remotos do globo: “Mais cedo ou mais tarde, todos as vão querer, e não é preciso qualquer esforço em particular para a promover, basta ser paciente, e os benefícios do comércio internacional e da globalização farão o resto.” Ao contrário do que se esperava, foram as autocracias que se espalharam, tirando partido dessa mesma globalização.
É disso que dá conta em “O Crepúsculo da Democracia” e “Autocracia, Inc.”, e é sobre essas práticas autocráticas que tem escrito e falado, nos últimos anos, também a propósito da política do seu país, os Estados Unidos.
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