26 de novembro de 2024

Opinião de Fernanda Câncio

No Diário de Notícias  👈👈  Artigo completo 


Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Rodrigo Adão da Fonseca

A falência das ideologias

Estamos num limbo histórico,

presos entre um passado que 

já não nos serve e um futuro 

que não conseguimos desenhar 

e projetar.

Fotografia do Colunista
Miguel Santos Carrapatoso

Com medo do Almirante

Se PS e PSD têm medo de uma 

eventual vitória de Henrique 

Gouveia e Melo nas próximas 

eleições presidenciais, têm bom 

remédio: encontrem melhores 

candidatos do que o almirante.

Fotografia do Colunista
Madalena Natividade

Falar claro sobre a imigração

Qualquer reforma de futuro 

sobre o fenómeno migratório 

deve partir deste lema: rigor 

à entrada, humanidade no 

acolhimento. Há que não ter 

medo e assumir novas 

políticas depois do fracasso 

socialista.

Um dia feliz!

 


Alquimia
















Assim como a alquimia por arte tudo converte em ouro, assim a obediência por natureza tudo transforma e converte em virtude.


Sermões

Padre António Vieira 

Ponderar quem é Ricardo



 CONHECENÇA


Mas como é bom rever a ponta aguda 

Depois de navegar por mar aberto!... 

Saber-me do canal de novo perto, 

Onde aos olhos cada angra se desnuda.


Pelos costões de pedra ir sem ajuda 

Até topar co'o cabo indescoberto. 

E em todo o litoral quase deserto, 

Reconhecer mesmo a ilha mais miúda.


Dos rasos de arrecifes e de abrolhos 

Passei ao largo pondo longos olhos 

Para avistar enfim a extensa costa.


Agora é só fundear a embarcação 

No estuário d'água doce d'um rincão 

Onde coisa nenhuma me desgosta.


Ubatuba-16 07 2017

Envelhecer

 


Quero um cavalo de várias cores (poesia)


Quero um cavalo de várias cores, 

Quero-o depressa que vou partir. 

Esperam-me prados com tantas flores, 

Que só cavalos de várias cores 

Podem servir.


Quero uma sela feita de restos 

Dalguma nuvem que ande no céu. 

Quero-a evasiva nimbos e cerros 

Sobre os valados, sobre os aterros, 

Que o mundo é meu.


Quero que as rédeas façam prodígios: 

Voa, cavalo, galopa mais, 

Trepa às camadas do céu sem fundo, 

Rumo àquele ponto, exterior ao mundo, 

Para onde tendem as catedrais.


Deixem que eu parta, agora, já, 

Antes que murchem todas as flores. 

Tenho a loucura, sei o caminho, 

Mas como posso partir sózinho 

Sem um cavalo de várias cores?


Reinaldo Ferreira 

25 de novembro de 2024

CONCILIAR


 

A arte

 Para que serve a Arte ? 👇



Esquerdas & Direitas

Os partidos da "Esquerda" dão valorização absoluta ao 25 de Abril . Foi a data que abriu portas a tudo o que veio depois.

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Vasco Lourenço: é “uma hipocrisia” a direita festejar o 25 de Novembro

Vasco Lourenço, protagonista do 25 de Abril e do 25 de Novembro, não estará presente na sessão. Para o presidente da Associação 25 de Abril, a “História não pode ser deturpada” e esta comemoração é “uma hipocrisia” dos partidos de direita.

No Público//notícia completa 👈👈





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O Presidente da República puxou pelos seus galões de professor e proferiu uma longa aula sobre o processo histórico do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975. Usando uma imagem gástrica, qualificou diversas vezes a data como um “refluxo revolucionário”: “O 25 de Novembro foi a conclusão do refluxo revolucionário.”


Referindo a sua “vivência inesquecível” destes tempos - como dirigente do PSD e como deputado à Assembleia Constituinte (eleita em 25 de Abril de 1975) - Marcelo reconheceu que “as conjunturas vão reinventando leituras”. Porém, logo a seguir, salientou como é importante que “a sua reconstrução corresponda ao verdadeiramente vivido”, sendo a síntese então “mais liberdade e mais democracia”. O 25 de Novembro - disse - foi “um passo muito importante para liberdade e para a democracia” mas “sem 25 de Abril não haveria 25 de Novembro” - e sem 25 de Novembro o “refluxo revolucionário seria mais demorado e mais conflituoso”, podendo até, segundo “alguns”, conduzir a uma “guerra civil”.

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No Expresso 

A Liberdade (OPINIÃO)

 RECORTE DE IMPRENSA 


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Numa altura em que a Europa continua a ser palco de uma Guerra totalmente inominável entre a Rússia e a Ucrânia; em que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de captura contra o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu acusado de crimes de guerra e contra a humanidade; em que a maior economia do mundo caminha para as mãos de uma administração que não acredita em alterações climáticas, vacinas e afins, resta-nos apenas uma forma de luta: a da informação fidedigna e da reflexão e decisão conscientes. Neste 25 de novembro, lembremos todos os que pereceram às mãos da falta de Liberdade, para nunca queiramos abrir mão dela. 

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Compaixão e Sabedoria

 


Um dia hei-de renascer numa grande cidade de outro sistema planetário, no passado ou no futuro, onde uma única montanha de 5 quilómetros de altitude se recorta no céu azul - com toda a compaixão que sinto dentro de mim, a única coisa que vou precisar é da sabedoria da terra."

Renascer

 


Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
João Carlos Espada

Celebrando o 25 de Novembro em Oxford

Recordando dois conceitos de 

revolução: ardente vs. 

relutante; e de democracia: 

popular vs. liberal/ 

constitucional.

Fotografia do Colunista
Jorge Barreto Xavier

Aritmética e Democracia

O aparecimento das redes 

digitais e de líderes populistas

foi, paulatinamente, alterando 

o equilíbrio dos pratos da 

balança e deu voz à revolta. 

Nos últimos anos, a 

democracia recuou no 

mundo. Porquê?



Fotografia do Colunista
Carlos Moedas

25 de Novembro: democracia e liberdade

O 25 de Novembro foi 

durante muito tempo um 

desses temas proibidos. 

Enxotado, inclusive, para 

o esquecimento histórico. 

Dizia-se que evocá-lo 

tratava-se de incitar à 

divisão dos portugueses.

Fotografia do Colunista
Patrícia Fernandes

Uma terra só deles

Como chegamos ao ponto 

de os mais extremistas dos 

dois lados considerarem 

que o outro sexo é dispensável? 

Como podemos corrigir o 

que foi feito? Eis duas das 

questões mais importantes 

do nosso tempo.

25 de Novembro

 OPINIÃO 











Veremos como vai decorrer a sessão solene que está marcada. 

El mar (poesia)



 El mar


Antes que el sueño (o el terror) 

tejiera mitologías y cosmogonías, 

antes que el tiempo se acuñara en días, 

el mar, el siempre mar, ya estaba y era. 

¿Quién es el mar? ¿Quién es aquel violento 

y antiguo ser que roe los pilares de la tierra 

y es uno y muchos mares y abismo 

y resplandor y azar y viento? 

Quien lo mira lo ve por vez primera, siempre.

 Con el asombro que las cosas elementales dejan, 

las hermosas tardes, la luna, el fuego de una hoguera. 

¿Quién es el mar, quién soy? 

Lo sabré el día ulterior que sucede a la agonía.


Jorge Luis Borges 

"Poesia Completa"

A Senhora Cultura

 RECORTE DE IMPRENSA 


São tristes as recentes notícias de fecho de livrarias nos centros urbanos: a Leitura no Porto, a Pó dos Livros em Lisboa, a Miguel de Carvalho em Coimbra. São, como José Pacheco Pereira já assinalou (PÚBLICO, 3/3/2018), sintomas do alastramento do que ele chama "nova ignorância". A dolorosa verdade é que cada vez se lê menos e que se lê cada vez pior. Entre os jovens, o que se lê são snapchats e legendas, mostrando que a escola não tem estado a cumprir o seu dever.

Em Coimbra existem circunstâncias particulares, que se juntam ao fenómeno do declínio das mentes que Lisboa e Porto também exibem. Ao contrário destas cidades que possuem centros históricos reabilitados e transbordantes de vida, com a ajuda não só do boom turístico recente mas também e desde há algum tempo de movimentos culturais dinamizados em boa parte pelas autarquias, Coimbra tem o seu centro histórico a Baixa praticamente morto. Não só o turismo está quase todo canalizado para a Universidade, como a câmara municipal não tem investido na reabilitação urbana nem numa política cultural que leve as pessoas ao centro. O livreiro Miguel Carvalho, em declarações à Lusa, percebeu bem o que lhe aconteceu: "Casei com uma senhora chamada Cultura, em Coimbra, durante 20 anos, mas um cancro levou a senhora e eu agora vou enterrá-la e vou para outro sítio", sublinhou. 

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Texto completo no PÚBLICO 👈👈


AUSENCIA (poesia)


 
Ausencia

Habré de levantar la vasta vida 

que aún ahora es tu espejo: 

cada mañana habré de reconstruirla. 

Desde que te alejaste, cuántos lugares 

se han tornado vanos y sin sentido, 

iguales a luces en el día. 

Tardes que fueron nicho de tu imagen, 

músicas en que siempre me aguardabas,

palabras de aquel tiempo, 

yo tendré que quebrarlas con mis manos. 

¿En qué hondonada esconderé mi alma 

para que no vea tu ausencia 

que como un sol terrible, sin ocaso, 

brilla definitiva y despiadada? 

Tu ausencia me rodea como la cuerda 

a la garganta, el mar al que se hunde.


Jorge Luis Borges 

"Poesia Completa"

24 de novembro de 2024