O PINHÃO
Lá em baixo, na curva do rio, vazadouro e fornalha, está o Pinhão.
Belo! belo! dirá o turista. E o burocrata: progressivo.
Mas o Pinhão não é nada disso, é mais do que isso, não é nada
do que mostram os documentários de cinema ou qualquer 'Life' comercial.
Pinhão!, capital do suor, os teus caminhos são pedaços de sangue coagulado.
ANTÓNIO CABRAL Poemas Durienses (1963)
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"As duas notas mais fundas da poesia de António Cabral neste livro vão para a terra transmontana, dramática e revolta, e para o homem, sobretudo o humilde, que por lá moireja e sua as estopinhas. A poesia da natureza agita-a uma sintaxe bem articulada, e patente emoção dá frémito aos poemas, mas o maior mérito vai para as composições onde surge o homem e o seu drama, e a expressão se condensa.”
– João Maia
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