“Olhamos para os números e percebemos que há uma década as pessoas demoravam 10 ou 15 anos para fazer a primeira denúncia. Agora, demoram menos tempo. Passa-se mais rapidamente para a violência física e sexual. A violência está mais violenta”.
Quem o diz é Daniel Cotrim, psicólogo responsável pela área da violência doméstica da APAV. E vai mais longe:
“Os casos são muito mais complexos. É frequente que o primeiro pedido de ajuda seja em relação ao agressor, numa lógica de reabilitação da pessoa e não de penalização. Só quando é muito violento é que a vítima pede para ser salva”.
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Quando é que vamos deixar de usar o ‘quanto mais me bates, mais gosto de ti’ e, já agora, também o ‘entre marido e mulher ninguém mete a colher’?
Texto: Expresso
Joana Beleza
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