Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão.
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão.
Tens em troca órfãos e órfãs
Tens campos de solidão.
Tens mães que não têm filhos
Filhos que não têm pai.
Coração que tens e sofre
Longas ausências mortais.
Viúvas de vivos mortos
Que ninguém consolará.
Este parte, aquele parte
E todos, todos se vão.
Galiza ficas sem homens
Que possam cortar teu pão.
Rosalia de Castro
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Vibra en su poesía el sentimiento del dolor colectivo, la desolación de un pueblo abandonado por Dios y por sus compatriotas. La indigencia, el subdesarrollo de los campesinos gallegos, se vuelven materia poética, adquiriendo una fuerza que emana de su propia condición autobiográfica. Nada se retrata mejor que lo que se conoce por experiencia;
Rosalía sabe de las amarguras de su pueblo, y las canta.
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