10 de março de 2025

Recorte de Imprensa (Expresso)














Sabemos o que a Rússia, a alegada superpotência, pensa de nós: os europeus são mariquinhas-pé-de-salsa, não somos homens a sério, somos paus mandados das mulheres, somos homens efeminados, o lero-lero fascista ou fascizante com mais de cem anos.

As democracias, nesta narrativa, não sabem lutar, fogem das guerras. Sabemos também que parte da América, a América vermelha, labora nos mesmos preconceitos, que aliás também aplica ao Canadá.

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Eu gostava de relembrar um detalhe, que nada tem de filosófico ou abstrato. Eu poderia dizer que os “fascistas” estão de novo a confundir delicadeza com fraqueza. Mas tenho algo mais concreto para pôr em cima da mesa. Historicamente, não é boa ideia desprezar os europeus. Historicamente, essa sobranceria correu mal às grandes potências continentais que olham de cima para baixo para os liliputianos, os europeus.

Desde 1945, a moda intelectual tem sido desprezar o eurocentrismo e manter a narrativa da opressão europeia sobre o resto do mundo. Sucede que esta narrativa esquece o início da história. Desde o século XV, a história da expansão europeia é uma história de pequenas nações a flanquear potências continentais que desprezavam a fraqueza e a barbaridade dos insignificantes europeus.

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