25 de novembro de 2023

Deslizamento extremista ?


A mudança na Holanda, embora sem números que permitam ao partido de Geert Wilders formar governo sozinho, indicia o desencanto de uma grande franja de eleitores em relação a alguns dos princípios fundadores do espírito europeu. 

Geert Wilders chegou ao primeiro lugar nas legislativas holandesas depois de mais de duas décadas de atividade política, sempre com um discurso antieuropeísta e anti-Islão, mas que procurou suavizar nos últimos tempos, tornando-o mais responsável e menos radical aos olhos dos cidadãos. 

É uma onda que, aos poucos, foi ganhando volume, até se tornar preponderante na paisagem política holandesa. Por isso, o risco de contágio é grande na Europa. 

Wilders não é um fenómeno isolado na Europa. Ele inscreve-se numa recente tendência que, como assinalou o El País, faz com que países como a Suécia, Finlândia, República Checa, Eslováquia, Hungria e Itália tenham hoje governos presididos ou com a participação de partidos que capitalizam “o medo, a intolerância e a aversão aos estrangeiros”. 

Courrier internacional (ver aqui)

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