É hora de escutar a “cidade invisível”, termo cunhado pelo assistente social e investigador António Brito Guterres. É tempo de os governantes se disporem a querer resolver um problema sistémico no país que vem de há muito. Sem medo. Sem preconceito. Sem polarização. Sem paternalismo.
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Porque não há rastilho maior do que a injustiça. E não há bala que cale a razão.
Por isso é tempo de maior escrutínio e de impor tolerância zero para o racismo e xenofobia que já se comprovou existir nas forças policiais. Falo da realidade incómoda que a polícia quer abafar, e que várias investigações jornalísticas tornaram públicas.
Para que se garanta efetiva segurança, paz, igualdade e equidade para todos os cidadãos na cidade e no país, o Estado tem de garantir que a polícia não se comporta como se estivesse acima da lei - que não maltrata, assedia ou mata, sem justificação, cidadãos com base na cor da pele ou do lugar onde moram - mesmo que haja suspeição de algum ilícito de um indivíduo ou de um grupo. Que devem ser punidos na devida proporção.
Bernardo Mendonça
Expresso
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