Embrenhei-me campos fora, sacudindo a lama
Com jeito para não sujar o ar lavado.
No coração levo as fotografias retiradas do pó
Que cobre as coisas preciosas:
Dos amores em que o poema nasce e se eterniza,
Dos amigos que são a verticalidade de um mundo apodrecido,
De tudo o que faz deste caminho o meu caminho
Desde que nada sirva de desculpa para não caminhar...
Nem vento nem chuva, nem calor nem frio... nada!...
Pois, como dizem os velhos lavradores deste chão:
"O tempo espera-se no monte".
Manuel Maria Figueira
"Raízes Invisiveis"
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