25 de fevereiro de 2025

Opinião no Expresso

 RECORTE DE IMPRENSA 













O erro não foi apenas acreditar que era definitiva. Foi acreditar que era gratuita. Que a segurança europeia era um efeito secundário da democracia, um privilégio da civilização, um direito adquirido. Trinta anos de luxo fizeram-nos esquecer uma regra básica: quem não se prepara para a guerra, está a preparar-se para perder uma.

A ilusão durou até 2014. A Rússia anexou a Crimeia, a Europa ameaçou, sancionou, discursou. Putin ouviu e avançou. Em 2022, invadiu a Ucrânia. A Europa hesitou, debateu, avaliou, financiou. Três anos depois, os Estados Unidos da América decidem que a ameaça não é a Rússia, nem a China. A ameaça é a própria Europa.

A mensagem de Trump não teve subtilezas. A culpa da guerra não foi da Rússia. Foi da Ucrânia. O erro não foi Putin ter invadido. Foi Kiev ter existido.

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