Ninguém sabe de quanto tempo disporá a Ucrânia até que a Rússia a engula por inteiro. Ninguém sabe se, em caso de ataque a um Estado-membro da NATO, os Estados Unidos intervirão em defesa do seu aliado.
Estas são as duas grandes interrogações trazidas pela presidência Trump e suscitadas pelas palavras do vice-presidente Vance e do secretário Hegseth.
A exclusão da Europa das "negociações" impostas na Arábia Saudita serve um propósito: isolar a Ucrânia e fazê-la submeter-se às condições da paz determinadas por Putin e Trump, árbitros dos superiores interesses russos e americanos e ainda fazer "pagar" o apoio recebido nos anos Biden, facultando a empresas americanas o acesso aos recursos naturais da Ucrânia dilacerada, na parte que Putin não conseguiu abocanhar.
A Europa foi surpreendida pelo regresso à anarquia na ordem internacional, inaugurada por Putin e agora apadrinhada pelos Estados Unidos. Na ordem nova conta a força e a afirmação despudorada do interesse próprio, a correlação de forças é tudo, o direito nada.
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