7 de outubro de 2024

7 de outubro - OPINIÃO

















É assim que neste dia 7 de outubro, um ano depois do massacre perpetrado por terroristas palestinianos do Hamas, em resultado do qual foram assassinados mais de 1200 pessoas, a esmagadora maioria israelitas, e raptados outros 200, parece que, cada vez mais, nos entrincheiramos em dogmas e tratados que deixaram de fazer sentido numa realidade em que o poder da força se está a substituir ao da razão.

Como lembra Diogo Noivo, a história vai deixando lições, mas quase nunca se aprende com elas. Recorda que em 1965, a organização terrorista ETA explicou em documento interno a estratégia beligerante: "ação-reação-ação". Ou seja, atacar o Estado com violência; provocar com esse ataque uma reação desproporcional das autoridades policiais, no caso sobre a população basca; finalmente, a frustração e a raiva populares suscitadas pela resposta do Estado, dariam à ETA o apoio popular necessário para a guerra.

Ora, o que aconteceu a sete de outubro em Israel, a reação que se seguiu e a situação de escalada em que se encontra o Médio Oriente, demonstra bem como, 59 anos depois, aquela estratégia ainda funciona. E como países com tanta experiência em contraterrorismo, como é o caso de Israel, ainda caiem na armadilha.

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